Interessante

Justiça de SP autoriza interrupção parcial de gravidez de quíntuplos devido a risco à mãe

Nesta última terça-feira (28), a Justiça de São Paulo autorizou a interrupção parcial da gravidez de uma mulher grávida de quíntuplos devido ao risco à vida da mãe e dos fetos.

A 13ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), tomou a decisão inédita, em um caso que desafia as regulamentações atuais do Conselho Federal de Medicina (CFM).

O relator do caso, desembargador Luís Geraldo Lanfredi, destacou a falta de perspectivas de sucesso completo em uma gestação de quíntuplos.

Portanto, ele descreve o aborto parcial como uma “luz no fim do túnel” para o casal, que espera manter pelo menos dois dos embriões.

A gestação

Em abril de 2024, a mulher havia se submetido a uma fertilização in vitro, onde dois embriões foram implantados em seu útero.

Contudo, após um evento raro, esses embriões se dividiram, resultando em cinco embriões distribuídos em dois sacos gestacionais – um com dois e outro com três embriões.

Portanto, os médicos alertaram dos riscos envolvidos, incluindo a probabilidade de nascimento prematuro extremo dos fetos e a possibilidade de complicações graves, como um sangramento incontrolável durante o parto devido à grande distensão uterina.

Dessa forma, eles recomendaram a realização de um aborto parcial até a 12ª semana de gravidez, que terminou em 17 de maio de 2024. No entanto, devido às restrições legais e à resolução do CFM, não realizaram o procedimento no tempo ideal.

Resolução do Conselho Federal de Medicina

A legislação brasileira permite o aborto em casos de abuso, risco de vida para a gestante ou anencefalia do feto.

No entanto, uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) de 2022 proíbe a redução embrionária em casos de gravidez múltipla decorrentes de reprodução assistida.

Por isso, a grávida buscou a autorização judicial para proceder com a interrupção parcial da gravidez.

Em maio de 2024, o CFM também tentou impedir a prática de assistolia fetal, usada em abortos legais. Esta resolução foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas a proibição da redução embrionária permanece em vigor.

O desembargador Lanfredi argumentou que negar à gestante o direito ao planejamento familiar, especialmente em um caso de alto risco como este, seria desumano. A decisão judicial, portanto, visa proteger a saúde e a vida da mãe, bem como aumentar as chances de sobrevivência dos embriões restantes.

Imagem de Capa: Canva

Sábias Palavras

Relaxa, dá largas à tua imaginação, identifica-te!

Recent Posts

Sinais sutis do Universo de que você está andando no caminho errado

Não há caminho errado nesta vida. Mas, na verdade, isso depende apenas de qual jornada…

4 horas ago

Nova comédia romântica da Netflix está sendo considerada a melhor série para maratonar em 2024

Recentemente, a Netflix adicionou ao seu catálogo uma nova comédia romântica que gerou grande repercussão…

5 horas ago

Pessoas ficam perplexas após ser revelado com que frequência uma pessoa média realmente tem relações íntimas

No mundo da intimidade, para muitos existe uma preocupação em comparar se estão à altura…

5 horas ago

Até hoje, ainda há pessoas que não sabem para que serve esse pequeno furo no cadeado

Todos nós já usamos um cadeado em algum momento da nossa vida. No entanto, você…

6 horas ago

Pessoas que faziam tarefas domésticas quando crianças são adultos mais bem-sucedidos, segundo a ciência

Quer saber o grande segredo para que seus filhos cresçam e se tornem adultos bem-sucedidos?…

6 horas ago

Emocionado, meteorologista prevê impacto devastador do furacão Milton ao vivo: “É terrível”

Atualmente, os Estados Unidos vem enfrentando a chegada de uma tempestade categoria 5 - o…

7 horas ago