Recentemente, no Rio de Janeiro, Brasil, houve uma denúncia chocante contra uma ginecologista. De acordo com a vítima, uma jovem de 19 anos, a ginecologista lhe fez comentários ofensivos, afirmando que a maioria das mulheres negras tem um cheiro forte nas partes íntimas.
O programa ‘Fantástico’ da TV Globo trouxe à tona o caso de racismo. Dessa forma, a paciente, identificada como Luana, levou sua afilhada de 19 anos, que é negra, para uma consulta particular com sua ginecologista de confiança, a Dra. Helena Malzac.
A jovem preferiu não aparecer publicamente, pois ainda está lidando com o impacto do incidente.
“Ela disse que mulheres pretas têm mais probabilidade de ter um cheiro forte nas partes íntimas. No começo, me senti vulnerável e fiquei calada”, relatou.
Durante a consulta, Luana começou a perceber que a médica estava fazendo generalizações e estereótipos em relação aos odores corporais de pessoas negras. Desse modo, decidiu gravar a conversa.
No diálogo, a médica começa a citar que a jovem possui um cheiro forte. “É o mesmo cheiro forte, mas isso se deve à cor e aos pelos. Você vai ser assim a vida inteira, então precisa se preocupar com isso, entende?”, disse.
Luana logo a questiona se isso é um fato apenas para pessoas pessoas negras e a médica confirma que sim.
Após a consulta, Luana confrontou a médica sobre seus comentários racistas. Ela conta: “Quando a médica saiu, eu perguntei: ‘Você percebeu o que aconteceu?’. A argumentação que ela nos deu foi algo racista, e eu precisava que ela entendesse isso”.
Luana e sua afilhada registraram um Boletim de Ocorrência na delegacia. O Ministério Público denunciou a Dra. Helena por crime de racismo, levando em consideração que a médica se referiu ao grupo de mulheres negras como um todo. Atualmente, a ginecologista enfrenta um processo judicial.
Desde a consulta, a jovem nunca mais conseguiu retornar a um consultório ginecológico. Ela expressou seu receio em consultar outras ginecologistas, pois há a possibilidade de enfrentar situações semelhantes novamente.
Em sua defesa prévia apresentada à Justiça em janeiro, o advogado da médica afirmou que “em nenhum momento, durante o procedimento médico, ocorreu a intenção de discriminar a suposta vítima”.
A defesa alegou que o objetivo dos comentários da médica era tratar exclusivamente do odor forte na região das virilhas. Também mencionou que a mãe da Dra. Helena é filha de um norte-americano negro casado com sua avó, de nacionalidade portuguesa, descendente de arianos com olhos azuis.
O advogado argumentou que esse fato demonstra a ausência de intenção dolosa, pois a médica é filha e neta de pessoas negras e, portanto, pode ser considerada parte da raça negra.
Imagem de Capa: Reprodução/TV Globo
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