Conhecido como ‘O menino na bolha’, David Vetter nasceu em setembro de 1971 com uma condição genética rara chamada “deficiência imunológica combinada grave” que matou seu irmão de apenas sete meses.
Com o sistema imunlógico “inativo”, um único germe poderia matar quem possui essa doença rara, então, apenas 30 segundos após o parto, ele David foi isolado do mundo externo ficando dentro de uma bolha hermética. Por isso, nem os seus pais, Carol-Ann e David, podiam tocá-lo.
Mas “O menino na bolha’ deixou seu legado médico e salvou a vida de milhares de pessoas desde que sua vida tragicamente curta terminou há quase 40 anos.
O ‘segundo útero’ era sua bolha até que os médicos pudessem ativar seu sistema imunológico com um transplante de medula óssea – um feito que só havia sido realizado em camundongos. Mas quando foi descoberto que Katherine, a filha de quatro anos do casal, não era uma combinação perfeita para ser a doadora, as coisas não aconteceram como eles esperavam.
Tudo o que o menino precisava para viver chegava até ele por meio de um sistema formado por câmaras de ar.
Embora ele vivesse em sua bolha, os pais de David só podiam tocá-lo através das luvas de neoprene. “Certamente estávamos confusos, mas assim que nos reunimos, dissemos ‘E agora?’”, disse Carol-Ann ao documentário “The Boy in the Bubble”, produzido em 2014.
Inicialmente David era uma criança feliz, mas, com o passar do tempo, ele foi comparado com um rato de laboratório em uma gaiola. Por isso, a NASA fez um minitraje espacial para David quando ele tinha quatro anos para que ele pudesse sair da bolha, mas ele estava tão assustado que só o usou seis vezes.
À medida que envelhecia, ele levantava dúvidas sobre o futuro e falava com frequência sobre a morte. “David nunca questionou nos primeiros anos por que ele estava em uma bolha. Mas conforme ele crescia, as coisas ficavam mais difíceis”, disse Carol-Ann.
“Percebi que David passava muito tempo olhando para fora. E ele via meninos em bicicletas ou crianças caindo na grama. Eu senti uma tristeza nele.”
Aos nove anos de idade, David e sua família receberam notícias de pesquisadores em Boston, Massachusetts, sobre um método inovador para transplantar medula óssea “incompatível”. Em 21 de outubro de 1983, os médicos transfundiram quase 60 ml da medula de Katherine para David – e parecia que haviam encontrado a cura.
No entanto, a temperatura de David subiu para mais de 40 ° C, e sua saúde foi se deteriorando cada vez mais. Incapazes de tratar o menino muito doente dentro da bolha de isolamento, os médicos decidiram retirá-lo.
Em 7 de fevereiro de 1984, David foi retirado da bolha, no entanto sua sua condição continuou a piorar e ele entrou em coma em 22 de fevereiro.
Carol-Ann disse: “Perguntei se poderia tirar minha luva e tocar em David. Então eu me aproximei, tirei minha luva da mão e acariciei as costas da mão dele – pela primeira e última vez.” Ela continuou: “Não me arrependo, não tenho culpa. Qualquer pai que perdeu um filho se pergunta se sua breve vida significou algo para o mundo. E a ciência me disse que sim.”
David morreu com um tipo de câncer chamado linfoma de Burkitt. Na autópsia descobriu-se que a medula de Katherine continha um vírus adormecido que despertou em David, espalhando centenas de tumores malignos – provando pela primeira vez que um vírus pode causar câncer e revolucionando a pesquisa e a medicina do câncer.
Mais de 90% das crianças diagnosticadas com deficiência imunológica combinada grave são agora tratadas por meio de transplantes de medula óssea, graças aos esforços e sacrifício heróicos de David, que morreu com apenas 12 anos.
@anonymousdoctoryt The Boy in the Bubble. #medtok#horrortok #science #medicine ♬ Originalton – TheAnonymousDoctor
Imagem de Capa: Reprodução
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