A cantora Esperanza Spalding fez um protesto ao participar do 67º Grammy Awards depois que foi negado a Milton Nascimento um assento nas mesas do salão principal da cerimônia realizada em Los Angeles (EUA) na noite de domingo, 2 de fevereiro.
O renomado artista brasileiro gravou um disco em parceria com a também compositora e contrabaixista norte-americana, que concorria ao Grammy 2025 na categoria Melhor álbum de jazz com vocal, no entanto, foi recusado ao cantor o direito de estar na mesa de Esperanza.
Desta forma, a cantora levou ao evento um cartaz com a foto de Milton escrito em inglês “This living legend shoud be seated here”, que traduzido em português, dizia “Esta lenda viva deveria estar sentada aqui”.
Milton, de 82 anos de idade, foi aos Estados Unidos para a cerimônia de entrega da premiação e deveria ter direito a um assento na mesa de Esperanza não somente pela importância do artista na música, mas pelo simples motivo de que ele assina o álbum Milton + Esperanza juntamente com Esperanza Spalding.
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Mas por quê foi negado a Milton o mesmo direito?
Se tivessem sido negados assentos no Grammy 2025 a Esperanza e a Milton, ainda assim seria um absurdo devido à indicação, mas pelo menos haveria igualdade no tratamento dispensado aos dois artistas. Mas qual a razão de terem recusado ao cantor um lugar ao lado de Esperanza se o álbum concorrente é dos dois?
Apesar de o álbum Milton + Esperanza ter perdido o Grammy 2025 para o disco A joyful holiday, de Samara Joy, a recusa do assento a um concorrente com o peso, a história e obra de Milton Nascimento foi uma violação de regra. É inaceitável a forma desrespeitosa como que ele foi tratado pela organização da 67ª edição do Grammy Awards.
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Inclusive, Milton Nascimento já venceu um Grammy Awards em 1998 na genérica categoria Melhor álbum de world music pelo disco Nascimento (1997).
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Imagem de Capa: Esperanza Spalding
