Duas mulheres relataram que se sentiram humilhadas depois de terem sido supostamente expulsas de um voo por serem “grandes demais” e informadas que deveriam ter reservado dois assentos cada uma delas.
Angel Harding e sua amiga embarcaram no voo da companhia aérea Air New Zealand de Napier para Auckland, cidades na Nova Zelândia, quando sentiu uma dor repentina no braço esquerdo.
Ela conta que se virou e notou que uma comissária de bordo estava tentando empurrar o apoio de braço para baixo enquanto falava com ela de “maneira agressiva”, porque o piloto não poderia decolar até que tudo estivesse na posição correta.
A confusão aumentou depois que foi anunciado no alto-falante de que todos os passageiros seriam obrigados a desembarcar do avião após um “inconveniente”.
“Depois que [a atendente] desligou o telefone, ela se aproximou e disse: ‘Vocês duas deveriam ter reservado quatro assentos, vocês duas deveriam ter comprado dois assentos cada’”, disse Harding ao 1News.
Angel afirma que foi discriminada pela comissária de bordo por causa de seu tamanho depois que ela e sua amiga foram expulsas do voo.
Depois que as mulheres, que precisavam de cadeiras de rodas devido a problemas de saúde, desembarcaram do avião, foram separadas dos demais passageiros.
As mulheres foram informadas de que precisariam fazer uma nova reserva, mas devido à alta demanda, o próximo voo disponível seria somente dois dias depois. Harding disse que estava confusa porque elas voaram de Kerikeri para Auckland e depois de Auckland para Napier sem problemas.
Ela também informou à comissária de bordo que ambas não podiam pagar dois assentos cada e que ela não tinha família com quem ficar na região.
A Air New Zealand então se ofereceu para pagar a alimentação, acomodação e voos das mulheres e permitir-lhes acesso ao Koru Lounge, antes que pudessem embarcar em um voo mais tarde no mesmo dia.
“Penso que eles me tiraram por causa da minha constituição física, por causa do meu tamanho – nosso tamanho teve muito a ver com isso”, disse Harding.
A mulher agora busca indenização por ‘mágoa, humilhação e trauma’ e alega que foi discriminada por causa de seu tamanho.
Um porta-voz da Air New Zealand disse que se um cliente precisar de espaço extra e houver espaço disponível, a equipe trabalhará para reacomodá-lo na aeronave. Mas, que recomenda que os clientes entrem em contato com a companhia aérea antes do voo para garantir uma viagem segura e confortável.
A Comissão Australiana de Direitos Humanos alertou que uma pessoa com obesidade que é obrigada a pagar mais por um voo pode ter motivos para reclamar por discriminação ilegal por deficiência. No entanto, as leis permanecem pouco claras.
No Canadá, as pessoas com obesidade ganharam o direito de reservar dois assentos pelo preço de um, após uma decisão da Suprema Corte contra a Air Canada em 2008.
Imagem de Capa: Reprodução 1News
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