Por que uma doença se manifesta em algumas pessoas e não em outras? Por que em determinado órgão e não em outro? Por que ficamos doentes? Será que realmente existem causas emocionais por trás das doenças?
Todas essas perguntas têm, cada vez mais, conectado a ciência à espiritualidade. Hoje, muitos estudos científicos já comprovam a relação entre a nossa mente, nossas emoções e aquilo que manifestamos em nosso corpo físico. Inclusive, super recomendo um documentário no Netflix que aborda exatamente essa visão mais holística da saúde. Chama-se “Heal – o poder da mente”. E, apesar de esse ser um universo que ainda tem muito a ser explorado, hoje existem muitas evidências de que os principais causadores dos nossos males somos nós mesmos.
Não é a toa que desenvolvemos uma gripe, uma dor de estômago e até um câncer. E romper essa concepção de acaso, de azar, e assumir a responsabilidade (cuidado! Responsabilidade é diferente de culpa!) por aquilo que manifestamos em nossa vida – inclusive em nosso corpo – é essencial não só para a nossa cura quanto para a prevenção desses males.
Além disso, até mesmo a doença, pode ser uma grande fonte de aprendizados e autoconhecimento profundo – se estivermos abertos a isso! E conhecer as causas emocionais relacionadas às nossas dores e doenças pode transformar, não só nossa saúde, como a nossa visão diante da vida.
Nada acontece por simples acaso!
Muita gente acredita que tudo aquilo que acontece em sua vida é sim obra do acaso. É uma questão de sorte ou azar ou até por vontade de uma força maior. Tem gente que culpa as autoridades, o parceiro ou parceira e até o cachorro do vizinho. Mas nunca consegue reconhecer os seus próprios padrões diante do que lhe acontece. E tá tudo bem se você se vê um pouco nesse papel. Uma hora ou outra, todos nós nos colocamos nesse lugar de vítima. Normalmente é assim que aprendemos que as coisas funcionam. E, claro, é muito mais fácil!
Claro que toda a realidade que vivemos hoje é fruto de um emaranhado de fatores, tanto internos quanto externos, que fomos alimentando e permitindo durante toda a nossa vida – de forma consciente ou inconsciente. O grande problema é que ao lançarmos tudo o que acontece nas costas do “destino”, de Deus, da política, da humanidade, enfim… do outro, nós estamos também abrindo mão do nosso poder de realização e assumindo o papel de vítima diante da vida.
E tudo é uma questão de escolha!
Uma das leis que regem o nosso Universo é a lei da ação e reação. E para toda ação existe uma causa. Isso também vale para o corpo físico: aquilo que você pensa, sente, faz é fruto de uma causa interna. E, sendo assim, é capaz de provocar uma reação no seu sistema – que pode ser a saúde ou a doença. E aqui quero ressaltar que não estou falando que as causas das nossas doenças não são estritamente emocionais.
Existem diversos fatores relacionados a uma dor ou doença e estas vêm de um desequilíbrio composto por toda essa complexidade. Mas, sim, o cuidado com as nossas emoções, pensamentos e energia influenciam – e MUITO! – na nossa saúde como um todo. Como falei no início, a psiconeuroimunologia (e diversas outras disciplinas), já estuda essa relação entre nossos comportamentos, nossa mente e o que produzimos no nosso corpo físico. Nós somos seres emocionais. Assim como tudo na vida, as emoções humanas são energia. E energia precisa circular, movimentar, fluir.
Toda vez que nós seguramos uma emoção natural, toda vez que guardamos um sentimento. Toda vez que agimos contra os nossos maiores valores, princípios e vontades, acumulamos essas energias e elas vão se estocando em nosso corpo. E energia estocada, gera doença.
O nosso corpo fala.
Ele avisa toda vez que estamos, de alguma maneira, nos traindo. Na visão do Thetahealing, nós acreditamos que tudo o que o corpo manifesta é um aviso para mudarmos a rota. É uma forma que o nosso sistema encontrou de lidar com uma situação ou uma emoção dolorosa. E que, por algum motivo baseado nas nossas crenças inconscientes, ele entendeu que era melhor produzir a doença do que continuar com aquela dor ou sofrimento.
Quando fazemos uma busca mais profunda do que estava acontecendo na vida de alguém quando ele desenvolveu uma doença, normalmente encontramos situações cheias de carga emocional negativa. E essas cargas emocionais normalmente geram crenças de como o mundo funciona e, nesse caso, o sistema da pessoa entende que a doença serve como uma proteção. As causas emocionais das doenças ficam escondidas lá no seu inconsciente – como uma forma de te manter seguro (por mais estranho que racionalmente isso possa parecer!).
O que você não resolve na sua mente e no seu coração, o seu corpo manifesta de alguma maneira! E é por isso que vemos tantos casos de pessoas que até se curam de certas doenças. Mas passados alguns anos, voltam a tê-la. Seus comportamentos não mudaram, sua visão de mundo não mudou, as emoções que alimenta não mudaram. E seu corpo precisa avisar que algo está errado.
É a lei de ação e reação! E é por isso que entender as causas e as crenças relacionadas aos nossos males é fundamental para uma cura real. Para nossa evolução.
Mas e as doenças genéticas? Também têm causas emocionais?
Sim, nós carregamos genes “defeituosos” dos nossos ancestrais sem termos pedido por isso. A grande chave (já estudada pela ciência hoje) é que a expressão desses genes – ou seja, se ele realmente se tornará “ativo e funcionante” – é super influenciada pelo ambiente e pelas nossas crenças inconscientes.
Por exemplo, minha mãe teve câncer e há uma chance de eu ter os mesmos genes disfuncionais que causaram a doença nela. Mas, se eles existirem, isso não quer dizer que necessariamente eu ativarei esses genes também – a menos que eu tenha um sistema de crenças muito parecidos, hábitos de vida parecidos, alimente emoções parecidas e toda essa complexidade junto.
Nós carregamos crenças dos nossos parentes, mas com consciência, a gente sempre pode escolher curar todos esses padrões. Curando também a nossa saúde física. Mas, isso tudo começa com a consciência de que quem causa tudo (principalmente de forma inconsciente), de alguma maneira, somos nós. Nós somos responsáveis pela nossa dor, mas também pela nossa cura. Pela doença e pela saúde.
Portanto, toda vez que você sentir um incômodo, tiver uma disfunção ou doença, cuide-se. Alivie os sintomas, mas lembre-se de perguntar de onde vem aquilo. O que essa doença está querendo te dizer? O que seu corpo está falando? O que estava acontecendo na sua vida? Que pensamentos e sentimentos você mais alimentou nos útlimos tempos que podem ter gerado tudo isso?
Você pode encontrar em bons livros o que a doença em cada parte do corpo normalmente está querendo dizer. No livro “Você pode curar sua vida”, Louise Hay traz inclusive algumas afirmações positivas para auxiliar na cura.
Sem muito esforço você pode ir voltando à consciência e percebendo os seus padrões. E ao olhar para isso, você cria um novo caminho.
Você escolhe mudar – e aos poucos você pode ir transformando o seu corpo também!
Por: Érika Rossi
Imagem de capa: Gratisography no Pexels
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