Ser intenso é ser mais do que inteiro. Mais que completo. É ser transbordante. Abundante.
Eu acho lindo quem não admite ser raso. Quem se entrega, se doa, quem faz e acontece. Quem encara um desafio só pelo gostinho, quem sai da platéia e vai ser jogador. Quem se joga e quem joga, até descalço. Não importando que faltem 10 minutos pra acabar a partida.
Gosto de gente que enfrenta, que luta, que argumenta, que esgota até dizer chega.
Admiro quem não se cala, quem tem palavras de sobra, quem inventa moda e não sossega. Gosto da bravura, da luta, da lágrima. Me encanto com pessoas e verdades inteiras, sem vírgulas, sem traços, sem “se”. Adoro surra de like, surra de áudio, surra de beijo.
“Rir até doer a barriga.”
Gosto de firmeza. Nas promessas, palavras e apertos de mão. Os abraços, gosto mesmo daqueles de verdade, os generosos, os de faltar o ar, os quebra-costela. Rir até doer a barriga. Dançar até doer o pé.
Experimentar, ousar, explorar, movimentar, mergulhar. Adoro.
Adoro quem faz questão, quem tenta até o último suspiro e quem suspira de tanto tentar. Adoro corações transbordantes e mesas fartas.
“Algo que flutua entre esses dois universos, onde jamais se passa fome nem vontade.”
Não é o simples exagerar, desperdiçar, esbanjar. Mas é além do completar, sustentar, abastecer. Algo que flutua entre esses dois universos, onde jamais se passa fome nem vontade.
Tom pastel, monotonia, tofu e meias porções nunca me serviram bem. Intensidade aqui meu caro, é prato cheio.
Por: Estela Meyer