O mistério do Jardim do Éden: Onde ele fica e onde poderia estar hoje?

O Jardim do Éden, um conceito profundamente enraizado nas tradições do Cristianismo e do Judaísmo, simboliza o paraíso onde os primeiros humanos, Adão e Eva, teriam vivido em inocência antes da queda.

Esta narrativa, principalmente encontrada no livro de Gênesis, levanta questões fascinantes sobre as origens geográficas e metafóricas desse local edênico.

Gênesis 2:10-14 descreve o Éden como irrigado por um único rio que se divide em quatro afluentes: Pisom, Giom, Tigre e Eufrates.

Os dois últimos são rios bem conhecidos que se originam na Turquia e fluem pelo território da Síria e do Iraque, desembocando no Golfo Pérsico. No entanto, as identidades dos rios Pisom e Giom permanecem incertas, gerando debate entre teólogos e estudiosos.

Teorias históricas sobre a localização do Éden

Ao longo da história, várias teorias foram criadas sobre a localização física do Éden. Desse modo, alguns associaram os rios Pisom e Giom ao Ganges, na Índia, e ao Nilo, no Egito, respectivamente.

Contudo, essa hipótese foi contestada por estudiosos como João Calvino. Ele argumenta contra tal amplitude geográfica com base nas grandes distâncias entre esses rios.

A menção dos rios Tigre e Eufrates na Bíblia levou alguns a sugerir que o Jardim do Éden poderia estar próximo à confluência desses rios, especialmente na região do Xatalárabe, na fronteira entre Irã e Iraque.

Esta área, historicamente rica, foi um berço de civilizações antigas, o que adiciona plausibilidade às teorias que associam o Éden à antiga Mesopotâmia.

A comunidade científica, por outro lado, frequentemente associa o Jardim do Éden metafórico às origens da humanidade, apontando para a África como o “Berço da Humanidade”.

Especificamente, uma área a cerca de 50 quilômetros a noroeste de Joanesburgo, na África do Sul. Essa área é conhecida por abrigar uma significativa concentração de restos ancestrais humanos.

Fósseis de Australopithecus, datados de aproximadamente 3,4 a 3,7 milhões de anos atrás, foram descobertos nesta região.

A evolução do Australopithecus para o Homo sapiens moderno, que ocorreu há cerca de 200.000 a 300.000 anos, também se rastreia até a África, com os primeiros humanos modernos provavelmente emergindo em áreas ao redor da atual Etiópia.

Portanto, essa perspectiva científica oferece um paralelo ao Éden bíblico, sugerindo uma origem simbólica da humanidade na África.

A localização do Jardim do Éden, vista através de lentes teológicas, históricas ou científicas, fascina e continua a ser um tópico de investigação.

Imagem de Capa: Canva





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