Organização Mundial de Saúde declara mpox, a varíola dos macacos, uma “emergência mundial”

A Organização Mundial de Saúde declarou nesta quarta-feira (14) que o surto de mpox na África, antes chamada de varíola dos macacos, se tornou uma emergência global de saúde, com casos confirmados entre crianças e adultos de mais de uma dezena de países.

Além disso, a principal preocupação é com a rápida propagação de uma nova variante, em especial na República Democrática do Congo – país que registrou somente neste ano quase 17 mil casos, incluindo 524 mortes, segundo o último relatório do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC África).

“Isto é algo que devia preocupar a todos… O potencial para uma disseminação além África é muito preocupante”, disse o diretor geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, adiantou a Associated Press (AP).

No momento, o continente africano tem poucas vacinas disponíveis para a população.

O diretor-geral da OMS já tinha anunciado que prolongou por um ano as recomendações permanentes contra o risco do vírus mpox em vários países africanos, na sequência do novo surto.

“Decidi prolongar as recomendações permanentes por mais um ano para ajudar os países a responder ao risco crónico de varíola”, disse Ghebreyesus na reunião do comitê de emergência da OMS na República Democrática do Congo (RDCongo), mas também no Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda, que até agora não tinham reportado casos da doença.

“A OMS está comprometida em coordenar a resposta global nos próximos dias e semanas, trabalhando em estreita colaboração com cada um dos países afetados e alavancando nossa presença local para prevenir a transmissão, tratar os infectados e salvar vidas”, disse Tedros Adhanom.

Salim Abdool Karim, especialista sul-africano em doenças infecciosas e presidente do grupo de emergência do Africa CDC, observou que a nova versão do mpox parece ter uma taxa de mortalidade de cerca de 3% a 4%.

Durante o surto global em 2022, que afetou mais de 70 países, menos de 1% das pessoas infectadas morreram. No momento, Ministério da Saúde avalia que o risco para o Brasil é baixo. Há duas vacinas recomendadas pela OMS contra a doença.

Imagem de Capa: Canva





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