Há séculos, a medicina popular reverencia o alecrim por suas supostas propriedades de melhoria da memória. Desse modo, o Dr. Chris Van Tulleken, investigou as propriedades científicas dessa erva.
Cientificamente, a memória é categorizada em três tipos principais:
Portanto, a memória futura é crucial e sua falha pode causar inconvenientes diários. Mesmo que exista estratégias para melhorar a memória passada, aprimorar a memória futura é mais desafiador, e a medicina moderna oferece poucas soluções eficazes além de tratamentos limitados para a demência.
O Dr. Van Tulleken visitou o professor Mark Moss na Universidade de Northumbria, em Newcastle, para explorar se o óleo essencial de alecrim poderia melhorar a memória futura.
Historicamente, o alecrim se associa à memória, como menciona a obra “Hamlet” de Shakespeare, onde a personagem Ofélia usa alecrim para simbolizar lembrança.
Dessa maneira, a equipe de Mark Moss realizou um estudo com 60 voluntários mais velhos. Eles foram distribuídos em três grupos: um exposto ao aroma de alecrim, outro ao de lavanda e um terceiro sem aroma.
Contudo, os voluntários acreditavam estar testando uma bebida com vitaminas, com o aroma presente nas salas sendo descrito como um resquício do grupo anterior.
Os participantes realizaram testes de memória que incluíam lembrar a localização de objetos escondidos e responder a solicitações específicas durante a realização de quebra-cabeças.
Os resultados mostraram que aqueles na sala com aroma de alecrim tiveram um desempenho significativamente melhor na memória futura em comparação ao grupo de controle. Já os expostos à lavanda apresentaram uma queda no desempenho, o que está alinhado com as propriedades sedativas da lavanda.
Os pesquisadores identificaram que compostos presentes no óleo de alecrim, como o 1,8 cineol, podem ser responsáveis por melhorar o desempenho da memória.
Esse composto é conhecido por aumentar os níveis de acetilcolina, um neurotransmissor crucial, ao inibir sua quebra por enzimas. Por isso, a inalação desses compostos é uma forma eficaz de introduzi-los no cérebro. Assim, evitando a degradação que ocorre durante a digestão oral.
Esses estudos não apenas contribuem para a potencial criação de novos tratamentos para a demência, mas também restauram parte da credibilidade da medicina alternativa.
Imagem de Capa: Canva
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