Desde a maneira como você se move e dorme, até como você interage com as pessoas ao seu redor, a depressão muda quase tudo.
É perceptível até na forma como você fala e se expressa por escrito. Às vezes, essa “linguagem da depressão” pode até mesmo ter um efeito poderoso sobre os outros.
Os cientistas há muito tentam definir a relação exata entre depressão e linguagem, e a tecnologia está nos ajudando a chegar mais perto de um entendimento.
Um novo estudo, publicado na Clinical Psychological Science, revelou uma classe de palavras que pode ajudar a prever com precisão se alguém está sofrendo de depressão.
Anotações em diários de pessoas deprimidas, por exemplo, é uma forma muito útil de detectar, assim como trabalho de artistas. Para a palavra falada, trechos de linguagem natural de pessoas com depressão também forneceram informações.
Tomados em conjunto, os resultados dessa pesquisa revelam diferenças claras e consistentes na linguagem entre aqueles com e sem sintomas de depressão.
Para compreender, a linguagem pode ser separada em dois componentes: conteúdo e estilo.
O conteúdo está relacionado ao o que expressamos – ou seja, o significado ou o assunto das declarações. Não será surpresa para ninguém saber que aqueles com sintomas de depressão usam uma quantidade excessiva de palavras que transmitem emoções negativas, especificamente adjetivos e advérbios negativos – como “sozinho”, “triste” ou “miserável”.
Aqueles com sintomas de depressão usam significativamente mais pronomes de primeira pessoa do singular – como “eu”, “eu mesmo” e “mim” – e significativamente menos pronomes de segunda e terceira pessoa – como “eles”, “ele” ou “ela”.
Esse padrão de uso do pronome sugere que as pessoas com depressão estão mais focadas em si mesmas e menos conectadas com os outros. Os pesquisadores relataram que os pronomes são realmente mais confiáveis na identificação da depressão do que as palavras de emoção negativa.
Já o estilo de linguagem, está relacionado com a forma como nos expressamos, e não com o conteúdo.
Uma análise de texto de 64 diferentes fóruns online de saúde mental, examinando mais de 6.400 membros mostrou maior uso de “ palavras absolutistas ”: como “sempre”, “nada” ou “completamente”.
Compreender a linguagem da depressão pode nos ajudar a entender como pensam as pessoas com sintomas de depressão.
É claro que é possível usar uma linguagem associada à depressão sem realmente estar depressivo.
Em última análise, é como você se sente ao longo do tempo que determina se você está sofrendo. Porém, é um alerta que a Organização Mundial da Saúde estima que mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com depressão, um aumento de mais de 18% desde 2005.
Imagem de Capa: Nensuria no Freepik
Somente uma “parte” da cerimônia secreta do Conclave para o processo da escolha de um…
Depois de sua última aparição pública para cumprimentar milhares de pessoas na Praça de São…
Após a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, o mundo agora aguarda para saber…
Em uma história que parece saída de um filme, um morador de rua da Califórnia,…
Você já recusou um convite para sair só para ficar em casa relaxando no sofá?…
Atualmente, a nossa sociedade valoriza agendas cheias e vidas sociais agitadas. Portanto, ao escolher sempre…