Um tratamento experimental em humanos usando um novo medicamento anticâncer chamado “Revumenib”, administrado por via oral em cápsula ou formulação líquida, a cada 12 horas, em ciclos contínuos de 28 dias, gerou um resultado muito positivo em pacientes adultos e crianças com leucemia mielóide aguda (LMA) e leucemia linfocítica aguda (ALL).
De acordo com publicado na revista Nature, as equipes descobriram um possível tratamento de leucemia aguda, onde aproximadamente 40% dos pacientes com dois subtipos de leucemia, tratados com Revumenib, tiveram todos os sinais de câncer eliminados.
Em seu artigo, os pesquisadores escreveram: “Encontramos um benefício clínico encorajador, com remissões moleculares profundas e toxicidades mínimas, em uma população fortemente pré-tratada de crianças e adultos com leucemia aguda avançada”.
O prognóstico para pacientes com leucemias agudas é bem ruim, com uma sobrevida geral de cinco anos inferior a 25%, escreveram os autores em seu artigo.
Esse primeiro ensaio clínico em humanos avaliou a terapia com Revumenib em 68 pacientes com leucemia aguda cuja doença não estava respondendo a outras terapias, em nove hospitais de todo os EUA.
O estudo descobriu que dos 60 pacientes que puderam ser avaliados, 53% responderam ao medicamento por via oral e 30% tiveram uma resposta completa com recuperação hematológica parcial, o que significa que nenhum câncer foi detectado em seu sangue.
Dos pacientes que obtiveram remissão, mais de 78% foram negativos para doença residual mensurável, o que significa que, pelos métodos mais sensíveis, a leucemia não pôde ser detectada.
O Revumenib leva a uma melhor qualidade de vida durante o tratamento da leucemia pois é uma pílula que é tomada em casa, em vez de ficar preso em uma cama de hospital por meses.
Imagem de Capa: Canva