Já tem alguns anos que a Dra Sandra Lee, também conhecida como Dra. Pimple Popper, faz sucesso na televisão com episódios dela extraindo cistos e obstruções de poros do rosto de seus pacientes.
Atualmente, incontáveis vídeos do gênero onde mostram espinhas sendo “estouradas” explodiu em popularidade, e a Dra. Pimple Popper ainda tem seu próprio programa no TLC.
De cravos duros a cistos com secreção, as espinhas podem ser bem nojentas. Então, por que algumas pessoas gostam tanto que até sentem satisfação de ver outras pessoas estourando-as?
A especialista Abigail Cline, do Centro de Pesquisa Dermatológica da Escola de Medicina Wake Forest, Estados Unidos, diz que as pessoas se autoextraem – o termo técnico para estourar espinhas – por vários motivos. Alguns podem fazer isso porque parece uma solução rápida e fácil, enquanto para outros há mais do que isso.
“Algumas pessoas podem ter uma sensação de controle e satisfação por estarem ‘tratando’ a si mesmas. Eles estão limpando ou livrando seus corpos de algo que não lhes pertence”, diz a Dra. Cline. “Outros podem gostar do aspecto grotesco das extrações e sentir um fascínio bizarro ao ver a explosão de pus.”
Marc LaFrance, professor associado de sociologia na Concordia University, diz que a acne pode ser muito frustrante e que estourá-la pode ser fortalecedor. “Isso permite a experiência momentânea e fugaz de ter algum controle sobre um fenômeno que você não escolheu e que terá muita dificuldade em erradicar, em muitos casos”, diz ele.
O professou LaFrance fez um estudo sobre acne que também o levou a outra teoria: os humanos têm fascínio pelo que está sob a pele, pelos fluidos corporais e pelas partes que normalmente não vemos. Ao estourar uma espinha, você rompe a barreira entre o exterior e o interior do seu corpo, o que pode ser atraente e até excitante. “Acho que há algo quase instintivo nisso”, diz ele.
Na verdade, primeiro há o fator nojo. Os humanos evoluíram para ficar enojados com as condições de pele exsudativa de outras pessoas como mecanismo de defesa contra infecções, sugere uma pesquisa do Reino Unido. Em doses pequenas e controladas, porém, a repulsa pode ser satisfatória.
“O conceito de ‘masoquismo benigno’ ilustra como os humanos são atraídos por experiências que produzem emoções indesejáveis, como a repulsa”, diz o Dra. Cline.
“As pessoas podem ter prazer no aspecto mente-sobre-corpo para vencer sua repulsa inata”, diz a especialista. “Você está se testando para ver o quanto pode tolerar antes de desviar o olhar. Ao assistir a um vídeo estourando, alguns membros da audiência sentem uma onda de dopamina, enquanto outros sentem uma onda de náusea.”
A médica acrescenta que as condições dermatológicas não devem estar associadas apenas a emoções negativas, como vergonha, nojo e tristeza. “Muitas vezes, com o Photoshop e os filtros, as pessoas pensam que uma pele perfeita é a norma”, diz ela.
“As pessoas pensam que se a sua pele não é perfeita, então algo está errado. Mas o conhecido ditado “a beleza é apenas superficial” deveria lembrar a todos que a atratividade externa não tem relação com a bondade.”
Agora que você sabe por que gosta de vídeos sobre espinhas, pode assisti-los com uma nova apreciação. Só tenha o autocuidado: estourar suas próprias espinhas é uma atitude arriscada, porque você pode empurrar o conteúdo das espinhas mais profundamente na pele, aumentando a inflamação e piorando a acne, diz o Dr. Um profissional médico faz isso com luvas, lenços umedecidos com álcool e ferramentas esterilizadas.
Imagem de Capa: Canva
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