A expressão “bater na madeira” é uma das superstições mais conhecidas e utilizadas ao redor do mundo. O costume, amplamente adotado em diferentes culturas, está profundamente ligado à crença de que as árvores eram a morada dos deuses.
Quando alguém se sentia culpado ou temeroso, acreditava-se que bater no tronco da árvore servia como um chamado às divindades para pedir proteção, perdão ou afastar maus agouros.
Origem Pagã e os Celtas
Esse hábito de “bater na madeira” tem suas raízes nos povos primitivos pagãos, que cultuavam as árvores como entidades sagradas. Entre os celtas, um povo europeu da Idade do Ferro, os sacerdotes chamados druidas tinham um papel fundamental em suas práticas religiosas.
Eles acreditavam que as árvores eram canais espirituais capazes de consumir os maus espíritos e, por isso, batiam na madeira como forma de afastar influências negativas e proteger-se contra a má sorte.
Para os druidas, as florestas eram ambientes místicos e cheios de poder. Cada árvore possuía uma energia específica, que podia ser utilizada para purificar e afastar o mal. Assim, bater na madeira era também uma forma de respeito às forças naturais e espirituais que habitavam esses locais.
O significado atual da superstição
Atualmente, a expressão “bater na madeira” é amplamente utilizada para afastar o azar ou algo indesejado após um pensamento negativo ou situação incômoda. Por exemplo, ao mencionar um evento ruim que pode acontecer, é comum dizer “bato na madeira” como uma tentativa de neutralizar a possibilidade do acontecimento negativo.
Essa prática sobreviveu às eras e continua relevante devido à natureza supersticiosa dos seres humanos, que buscam, mesmo inconscientemente, formas de se protegerem contra o desconhecido.
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