Você já teve a sensação de que 2020 foi “ontem”? Ou que, embora os dias sejam longos, os anos têm passado voando?
Se você se lembra dos primeiros dias da pandemia, pode não acreditar que já se passaram quase cinco anos desde o início da década. Contudo, várias pessoas sentem que o tempo está “voando” desde então.
Mas por que isso acontece?
Na internet, existem diversas teorias para explicar essa sensação. Uma delas sugere que os eventos de 2020 nos desconectaram da realidade e nos imergiram no espaço digital, fazendo os últimos quatro anos parecerem um borrão.
Outra ideia fala de uma espécie de “idade do lockdown”, que nos faz sentir que o tempo parou durante a pandemia. Assim, criando uma lacuna em nossa percepção cronológica.
No entanto, o tiktoker Thomeas Mulligan surgiu com uma nova explicação: a teoria da percepção do tempo. Dessa forma, neste artigo, iremos entendê-la melhor.
De acordo com Mulligan, nossa percepção do tempo muda à medida que envelhecemos. Isso acontece porque a forma como o cérebro processa o tempo está diretamente relacionada à proporção de nossa vida que um ano representa.
Portanto, com o passar dos anos, essa proporção continua diminuindo, o que faz parecer que o tempo está acelerando.
Quando você compara sua infância, onde um ano parecia uma eternidade, com sua vida adulta, percebe que o tempo voa, principalmente porque, proporcionalmente, um ano agora é uma fração muito menor da sua vida.
Essa sensação de que o tempo está passando mais rápido desde 2020 pode estar relacionada a essa mesma teoria. Dessa forma, muitas pessoas sentiram que os anos da pandemia foram como um grande intervalo, no qual os dias pareciam intermináveis, mas os anos passaram em um piscar de olhos.
Por isso, a ausência de eventos marcantes, somada à rotina repetitiva e ao isolamento, pode ter distorcido ainda mais nossa percepção de tempo.
Como explica Mulligan, isso tem a ver com o fato de que, à medida que envelhecemos, o tempo parece se condensar.
Se você tinha 25 anos em 2020 e agora está com 30, um quinto da sua vida adulta já passou. Porém, esse período pode não parecer tão significativo quanto o mesmo intervalo entre os 20 e 25 anos, por exemplo.
Isso ocorre porque o tempo se torna uma fração menor da sua vida conforme você envelhece.
Outro ponto interessante da teoria de Mulligan é que as memórias mais vívidas e marcantes são as que criam a sensação de que o tempo foi bem aproveitado.
Momentos únicos, emocionantes ou desafiadores tendem a ficar gravados em nossa memória, enquanto os períodos de rotina passam despercebidos. Dessa maneira, explicando por que muitas pessoas têm a impressão de que o tempo passou rapidamente nos últimos anos, já que, durante o lockdown e o distanciamento social, a rotina tornou-se monótona para muitos.
Essa falta de eventos memoráveis pode ter contribuído para a sensação de que o tempo “desapareceu”. A pandemia trouxe dias que pareciam intermináveis, mas, olhando para trás, parece que esses anos simplesmente evaporaram.
Thomas Mulligan oferece uma solução simples: tornar a vida o mais interessante possível, pelo maior tempo possível.
Quando fazemos algo diferente, o tempo parece desacelerar, e as memórias desses momentos se tornam mais marcantes. Portanto, a chave para lidar com essa percepção de que o tempo está voando é buscar novas experiências e sair da rotina sempre que possível.
Momentos de prazer, diversão ou aprendizado intenso deixam uma impressão mais forte em nossas mentes, fazendo com que o tempo pareça mais significativo.
@mulligan.tvTime perception theory♬ original sound – Thomas Mulligan
Imagem de Capa: Reprodução/Canva
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