Ao longo de todo este tempo eu não me importei de correr sem ter forças para continuar, mesmo com todas as quedas cheias de ferimentos eu continuei a coxear mas não parei, mas precisei de ar e decidi diminuir o passo e quando olhei para trás vi-te na meta de partida, nem sequer começaste! Aí sim eu limpei todo o suor que escorria pela minha cara e agarrei todo o amor-próprio que ainda me restava e disse para mim mesma que acabou.
Mas ao mesmo tempo falar é tão fácil como libertar um pequeno pássaro num dia de sol, gostaria de ser tão forte como as palavras que saem de mim para embater contra uma parede de tijolo, mas não sou.
“(…) amor é aquele sentimento que nos faz sorrir a cada pensamento (…)”
E sabes que mais? Disseram-me que a nossa história parece um livro e que no final acabaríamos juntos e por muito que eu sonhe com esse dia, essa ideia mata-me por dentro, porque P, esta ferida corrói tudo aquilo que eu idealizei e já não sou a mesma que era antes de te ter conhecido por isso não me digas que o amor é aquele sentimento que nos faz sorrir a cada pensamento ou que nos faça suspirar quando mais ninguém estiver a falar, amor é muito mais que isso, é aquele mutilação que não nos dói mas nos mata lentamente!
Por: Patricia Vieira
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