Nos últimos anos, o interesse sobre filmes e séries baseados em crimes reais vem aumentando nos últimos anos. No entanto, os psicólogos alertam sobre os possíveis efeitos negativos desse consumo excessivo.
Desse modo, entender os sinais de advertência pode ajudar os espectadores a manterem um equilíbrio saudável entre interesse e obsessão.
Esse tipo de conteúdo atrai milhões de pessoas devido à sua natureza intrigante e muitas vezes chocante. A curiosidade humana em desvendar mistérios e entender a mente criminosa são fatores que alimentam essa popularidade.
Perspectiva psicológica
No podcast “The Mel Robbins Podcast”, a psicóloga Dra. Thema Bryant sugeriu que o interesse intenso por conteúdos violentos pode estar relacionado a traumas passados.
“Se a sua ideia de relaxar antes de dormir é assistir a três episódios de “Law and Order”, eu encorajo você a pensar por que o trauma é relaxante para você”, disse Dra. Bryant.
Dessa forma, ela explica que algumas pessoas, acostumadas a ambientes de alta tensão, podem confundir paz com tédio.
A Dra. Elizabeth Jeglic, professora do John Jay College of Criminal Justice, explicou que histórias de crimes reais podem atrair sobreviventes de traumas como uma forma de reviver essas situações de maneira controlada.
“Algumas pessoas são atraídas pelo estudo da psicologia para entender e curar a si mesmas”, disse ela. “Da mesma forma, pessoas com histórico de trauma podem ser atraídas por crimes reais para reviver essas situações traumáticas em um ambiente seguro onde têm mais controle.”
Dessa maneira, muitos usuários reagiram sobre as falas da Dra. Bryant. “Uau! Faz tanto sentido”, disse um internauta. “Isso é exatamente o que eu assisto para relaxar. Foi tão esclarecedor”, disse outro.
O fascínio por esse gênero é compreensível, mas é essencial consumir esse tipo de conteúdo de forma consciente. Portanto, é necessário reconhecer os sinais de que algo mais profundo pode estar influenciando suas escolhas pode ajudar a manter um equilíbrio saudável e a buscar a paz interior necessária.
Imagem de Capa: Reprodução/Netflix