A psicoterapeuta, Kathleen Saxton, resolveu expor os efeitos dolorosos na vida de uma criança que cresce com a presença de um pai narcisista. Desse modo, a criança pode ter repercussões emocionais significativas que persistem até a idade adulta.
Pais narcisistas, definidos por sua necessidade incessante de validação e autoglorificação, frequentemente projetam uma imagem distorcida de si mesmos sobre seus filhos. Enquanto no exterior eles buscam manter uma fachada de perfeição familiar, nos bastidores, exercem controle coercivo e manipulativo sobre suas crianças.
Sinais reveladores
Saxton identifica vários sinais reveladores de um pai narcisista. Portanto, um dos indicadores-chave é a maneira como esses pais enxergam seus filhos como meros objetos para afirmar sua própria narrativa de grandiosidade.
Além disso, o controle excessivo, seja por meio de ameaças físicas, manipulação emocional ou preferências excessivas, é uma tática comum desses pais.
Em muitos casos, os pais narcisistas escolhem um “filho dourado” para ser o receptáculo de suas próprias aspirações e necessidades narcisistas. Dessa forma, essa criança é frequentemente exibida como uma extensão do ego do pai. Assim, buscando incessantemente validação e sucesso para satisfazer as demandas parentais.
Por outro lado, há também o papel doloroso do “bode expiatório”, no qual uma criança é designada como o receptáculo para os aspectos mais sombrios e indesejados do narcisista. Essas crianças muitas vezes enfrentam negligência emocional e abuso, levando a problemas de autoestima e relacionamento na vida adulta.
O abuso narcisista não cessa na infância. Suas ramificações podem afetar até mesmo a idade adulta. Mesmo após sair do ambiente familiar, os pais narcisistas podem continuar explorando os filhos dourados, enquanto os bodes expiatórios ficam com cicatrizes emocionais que impactam seus relacionamentos e bem-estar emocional.
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