Atire a primeira pedra quem nunca criticou a religião alheia e colocou a sua crença como a única verdade… absoluta! Mas quando você condena a religião do outro, você deixa de praticar a sua! Mesmo quando vivemos uma vida pautada no respeito às diferenças e a tolerância, ainda assim, inconscientemente, acabamos julgando o posicionamento do outro quando o assunto é religião.
Infelizmente muitas guerras aconteceram, ainda acontecem e acontecerão por conta das divergências religiosas.
O amor ensinado por Cristo e por tantos líderes espirituais acabou sendo transformado em ódio por alguns fanáticos religiosos que defendem a intolerância crescente no ser humano. As religiões surgiram com o intuito de religar o ser humano com a sua essência divina. Mas o homem, envolto em suas certezas irracionais, acabou transformando, o que era inicialmente, uma obra de amor ao próximo, em algo que destrói, separa, e em muitos casos até mata.
Sem condenar as religiões em si, mas sim, aqueles que pregam o ódio a outros modos de enxergar a vida, e o pós morte, poderemos algum dia, desvincular o conceito de um Deus, criador, a figura de um inquisidor que impõe as suas verdades.
Somos diversos e perfeitos em nossas diferenças.
Um Deus justo jamais deixaria seus filhos criarem tantos deuses diferentes se ele não quisesse, de alguma forma, nos ensinar algo com isso. E com certeza, ele não aprovaria uma guerra em seu nome. Mas para mim isso está muito claro! Para você está Convenhamos, Deus é amor. Jesus pregou a caridade, a compaixão e o perdão, além de inúmeras outras coisas positivas.
Em nenhuma página de nenhum livro pode-se encontrar algo que remeta a Jesus algum ato de violência ou crueldade com qualquer forma de vida que cruzou o seu caminho. Nem mesmo as religiões que não seguem literalmente os ensinamentos de Cristo, conseguem ficar totalmente desconectados dos seus ensinamentos.
Gandhi disse certa vez que acreditava no Cristo dos Evangelhos, mas não no Cristo dos cristãos. Segundo ele, os “cristãos” do seu tempo distorciam a mensagem de Jesus através de suas atitudes e preconceitos. E perguntou: Como alguém que ama a Deus e ao próximo poderia aceitar que seres humanos fossem divididos em castas e tratados sem qualquer dignidade?
E eu lanço a mesma pergunta a vocês: Como alguém que prega a palavra de Jesus ou de qualquer outro que diz ser uma figura representativa das palavras de Deus, pode, em sã consciência e com o coração voltado ao amor, julgar e condenar outro ser humano por conta das suas crenças e de sua fé?
Cada religião nessa Terra, existe por um motivo, como também existem pessoas das mais diversas culturas e níveis evolutivos.
Cada religião cai perfeitamente, como uma luva, para cada tipo de pessoa que a acolhe.
Porque cada um de nós possuímos saberes e culturas diferentes, estamos inseridos em contextos educacionais diversos, e sofremos traumas ou aprendemos a ver a vida de maneiras completamente distintas. A única coisa que nos une é o amor, e esse amor, muitas vezes é esquecido pelos fiéis de várias religiões.
A cada ser humano que já experimentou o privilegio de amar verdadeiramente, recebeu de presente a possibilidade de se desvencilhar de qualquer amargura que o acomete. Experimente amar todas as espécies e todas as criações sabendo que cada acontecimento que Deus permite é, na verdade, uma lição que ele endereça a nós, de maneira singela e amorosa.
Se você condena a religião que não é a que você segue, como sendo coisa do “cccc” ou demoniza aquele que a cultua, você automaticamente se desvia do caminho do amor, para adentrar ao labirinto obscuro do julgamento seguido de condenação, e pior, estará condenando sem o consentimento e o aval daquEle que você julga conhecer melhor do que ninguém. Pensemos…
Por: Iara Fonseca
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