Você já parou para pensar que, fisicamente, nunca tocamos nada de verdade? Abraços, apertos de mão, carinhos – todos esses gestos que parecem envolver o contato físico são, na verdade, uma ilusão intrigante.
Portanto, para entender o porquê que nunca tocamos nada, é necessário compreender a estrutura dos átomos. Os átomos são compostos por um núcleo central, contendo prótons e nêutrons, cercado por elétrons que orbitam ao seu redor.
Contudo, o mais surpreendente é que os átomos, na verdade, entram em contato uns com os outros quando “tocamos” algo.
A razão pela qual não sentimos os espaços interatômicos é a repulsão eletrostática. Os elétrons em torno dos núcleos dos átomos têm carga elétrica negativa e, como sabemos, cargas semelhantes se repelem.
Dessa forma, quando tentamos “tocar” algo, ocorre uma interação entre as nuvens eletrônicas dos átomos da nossa pele e os átomos do objeto. Assim, criando uma força de repulsão que impede a penetração real.
Se nunca tocamos nada de verdade, como explicar a sensação de toque? Na realidade, o que experimentamos é a sensação da repulsão eletrostática entre os átomos dos nossos corpos e os átomos do objeto.
Quando nossas mãos “encostam” em uma superfície, estamos, na verdade, sentindo a força eletrostática que gera uma percepção em nossos receptores de pressão na pele.
Portanto, na próxima vez que você achar que está tocando algo, lembre-se de que está apenas sendo guiado pelas forças invisíveis que mantêm a matéria unida, e aprecie a maravilha dessa ilusão que nos permite experimentar o mundo ao nosso redor.
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