Muito se fala sobre os malefícios de se educar os filhos com o uso de palmadas ou de imposição de castigos para “aprender” o que é certo ou errado. Mas muitos pais ficam muito perdidos quando se deparam com o momento de corrigir as crianças sem bater ou colocar de castigo.
Psicólogos explicam que o comportamento humano é muito complexo – mesmo nas crianças -, por isso, quando seu filho faz algo errado, é preciso ENTENDER o motivo do comportamento para, a partir daí, lidar com a situação e ensinar a criança a agir diferente. Para entender, os adultos precisam observar.
Exemplo: Você manda seu filho escovar os dentes, no entanto, ele está entretido com outra coisa e responde “mais um pouquinho, depois eu vou” e você deixa que fique mais um pouco. Cenários como esse podem aparecer com certa frequência e em outros contextos em que você demande algo do seu filho.
Pode ser que em alguns dias você esteja mais cansado e tire seu filho dessa outra atividade de forma mais abrupta. Ou ainda, seu filho começa a responder “não vou agora, eu não quero!” te desafiando. Ou pior de tudo, pode ser que em outro dia ele comece a gritar e jogar objetos falando que não vai – te obedecer.
Certamente você já viu ou já passou por casos assim, né?
No momento em que a criança chora, grita e joga objetos e você decide apenas abraçá-la, o que acha que vai acontecer? A criança precisa de muito mais que um abraço. Para ajudá-la, você vai precisar modificar muitas coisas na sua própria interação com ela.
Pode ser que seja preciso dar mais atenção quando ela logo começa a guardar os brinquedos quando se pede, ou ainda, brincar mais com a criança, diminuir ou aumentar regras, construir confiança, aprender a dizer “não”, ou até ensiná-la a resolver problemas é um bom caminho a seguir.
Mas quando é o contrário, é necessário ter cuidado com elogios. Se ele gritar te desafiando, a melhor alternativa talvez seja ignorá-lo. E se combinaram o horário para parar de jogar vídeo game e a consequência de desobediência seria que no dia seguinte ficaria sem jogar, esse combinado precisa mesmo ser cumprido. É preciso impor limites para ensinar.
Mas isso não é castigar?
Muitos estudos justificam intervenções, o que chamamos como “consequência”, “extinção de comportamento”, “punição” e “reforço”.
De qualquer forma, a resposta para a pergunta “O que fazer quando meu filho faz algo errado?” envolve compreender o motivo do comportamento, olhar para todo o contexto que pode estar influenciando e agir a partir disso.
Os pais devem sempre priorizar o ensino de comportamentos adequados às crianças a punir os erros com castigos e pior ainda, bater.
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