Nada de bebidas alcoólicas já que o doce da sua saliva é que me deixa embriagada em excesso. Nada de taças, copos, detalhes, talheres na mesa já que o seu corpo é que exerce prazer na minha mente fértil. Seu gosto ficou na minha boca, tão suave como o mel. Seu cheiro tão intenso está impregnado nas minhas vestes.
Nada de bar, ‘sextou’ ou happy hour se eu posso sorver seu líquido a hora e o tempo que eu quiser. Quem inventou outra coisa melhor deixou para depois além do firmamento ou do arco-íris. Sua saliva desliza na pele, conserva uma rima que eu tentei escrever de madrugada nos meus versos mais singelos. Essa bebida é forte, alcança meu desejo mais profano e sincero.
“É deliciosa a lembrança de pensar em seus lábios, assim como viciada na bebida, estou nos seus beijos.”
É palavra viva, imensidão, gesto concreto. Ainda mais se vier com um puxão de cabelos, o encontrar dos corações acelerados no peito. Sua saliva causa arrepios, abundância de estranhas sensações e um golpe certeiro na alma. É deliciosa a lembrança de pensar em seus lábios, assim como viciada na bebida, estou nos seus beijos.
Quem sabe de alguma bebida mais doce, me descreva. Não tem cor. Só tem sabor. É vontade de ficar e nunca mais soltar. É encanto, paraíso e ao mesmo tempo inferno. Tão sublime é o toque suave das mãos no rosto para o exercício correto e singular dos músculos; tão perfeito como a sinfonia de uma orquestra.
Por: Caroline Santana