Suzane von Richthofen, condenada por matar seus pais em 2002, iniciou recentemente seus estudos em biomedicina em uma universidade particular na cidade de Itapetininga, interior de São Paulo.
Após ter sua pena convertida para o regime aberto, Suzane se mudou para Angatuba no início deste ano, onde agora está frequentando as aulas presencialmente pela primeira vez.
Dessa forma, a notícia sobre a matrícula de Suzane na UNIFSP foi comunicada aos alunos pela direção da faculdade algumas semanas atrás. O comunicado pedia aos alunos que compreendessem e respeitassem o direito dela como cidadã.
No entanto, uma das alunas relatou se sentir um pouco desconfortável com a presença da detenta em sua sala de aula.
Vale lembrar que, após a concessão do regime aberto, a vigilância da detenta é de responsabilidade do Poder Judiciário, como esclarecido pela SAP em nota.
O caso de Richthofen corre em segredo de Justiça. De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), e a defesa dela ainda não se posicionou sobre o assunto.
Esta não é a primeira vez que Suzane busca uma formação acadêmica enquanto cumpre sua pena. Em 2017, ela havia sido aprovada para o curso de administração em uma instituição católica em Taubaté, mas não concluiu a matrícula.
Em 2016, a detenta também recebeu autorização para cursar administração em uma universidade particular. Porém teve seu pedido de ensino à distância negado por falta de recursos tecnológicos na prisão.
Apesar disso, em 2020, Suzane havia conquistado uma vaga pelo Sisu no curso de gestão de turismo no Instituto Federal de Campos do Jordão, mas não foi autorizada pela Justiça a deixar o presídio. Em 2021, ela obteve a permissão para estudar farmácia, mas mudou de curso e agora está se dedicando à biomedicina em Itapetininga.
Imagem de Capa: Arquivo Pessoal
