A íris, a parte colorida do olho, é única – como uma digital. Desta forma, cada indivíduo nasce com uma íris que não é igual à de nenhuma outra pessoa no mundo – nem mesmo irmãos gêmeos.
Por ser única, essa parte dos olhos também pode ser usada como uma forma de identificação de uma pessoa, como um dado pessoal biométrico. No entanto, esse mecanismo dificilmente pode ser trocado ou apagado em casos de uso indevido, vazamento ou fraude.
De acordo com a World, empresa à frente do projeto de escaneamento, a biometria da íris supera em precisão outras métodos biométricos, sendo mais precisa, por exemplo, do que o reconhecimento facial.
Além disso, a íris é mais eficaz pois ela é difícil de ser modificada, como por exemplo, como impressões digitais por meio de cortes ou ação química. Claro que o sequenciamento de DNA são muito precisos, mas podem ser caros.
Em meio aos avanços da inteligência artificial, com o escaneamento da íris, as pessoas poderão provar que são humanas —e não robôs, afirma a Tools for Humanity.
Entretanto, é preciso cautela ao compartilhar dados pessoais biométricos, como a íris, diz a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados). Elas seriam como uma senha do banco à mostra. Além da íris, outros dados biométricos sensíveis são a palma da mão, as digitais dos dedos, a retina, o formato do rosto e a voz de uma pessoa.
Recentemente, um dispositivo chamado Orb, com câmeras de alta resolução, está fazendo a coleta de dados da íris das pessoas para desenvolver um sistema único de verificação humana conhecido como WorldID. Porém, quem cede as informações de escaneamento de íris ganha um criptoativo, que pode ser trocado por dinheiro depois. De acordo com relatos, algumas pessoas conseguiram sacar até R$ 700, mas não há um valor fixo.
Com isso, mais de 22 milhões de pessoas já baixaram o aplicativo da WorldApp no mundo todo, sendo um milhão apenas no Brasil. E cerca de 10 milhões fizeram a verificação de íris, com 400 mil só no país.
Segundo o Tilt Uol, parte das pessoas que buscou o serviço de escaneamento da íris tinha pouca informação sobre o projeto, mas acima de tudo, tinha vontade ou necessidade de ganhar dinheiro.
O tratamento de dados, assim como os direitos dos titulares têm e o contexto da coleta ainda não foram esclarecidos, gerando grande preocupação entre especialistas em segurança e privacidade.
Imagem de Capa: World/Canva
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