Por muitos anos, a ideia de que os smartphones escutam conversas foi vista como um mito. No entanto, especialistas e vazamentos recentes estão desmistificando essa crença e revelando como a vigilância via microfones se transformou em uma indústria multibilionária.
Mesmo que as grandes empresas de tecnologia continuem a negar, dados e documentos sugerem que há uma estratégia cuidadosamente elaborada por trás da escuta ativa dos dispositivos móveis.
Recentemente, um vazamento da CMG, uma empresa de marketing, forneceu detalhes de como essas corporações utilizam os microfones de dispositivos inteligentes para coletar dados pessoais.
Dessa forma, os dados são vendidos para anunciantes, permitindo a criação de campanhas altamente segmentadas. Portanto, o especialista em segurança de dados, Andy LoCascio, destacou um caso em que, após uma simples conversa sobre férias para Portugal, usuários começam a receber anúncios relacionados a viagens.
O vazamento revelou que aplicativos em Android, iPhone e dispositivos domésticos inteligentes como assistentes virtuais podem ativar o software de “escuta ativa”.
De acordo com LoCascio, esses dispositivos escutam o tempo todo, mesmo quando o microfone não está sendo utilizado para uma função ativa.
As permissões de uso de microfone geralmente estão incluídas nos Termos de Serviço que poucos usuários leem ao instalar novos aplicativos. Desse modo, muitos estão consentindo com a escuta de suas conversas.
Sharon Polsky, especialista em privacidade de dados, explica que o modelo de consentimento adotado por muitos sites e aplicativos é praticamente uma “barganha faustiana”, onde o usuário aceita tudo ou nada ao utilizar os serviços.
Mesmo em estados e países com leis rigorosas de privacidade, a concessão de permissão pelo próprio usuário para o acesso ao microfone facilita a coleta de dados por essas empresas.
Outro fator que colabora com o uso da escuta ativa são as inteligências artificiais, como o ChatGPT. Essas ferramentas permitem que anunciantes transformem transcrições de conversas, resultando em anúncios altamente personalizados.
Além do marketing, outros setores também estão interessados nesses dados. Companhias de seguros, por exemplo, podem utilizar informações coletadas para ajustar tarifas com base no comportamento do consumidor. Até mesmo o governo e entidades mal-intencionadas podem explorar esses dados.
Se proteger dessa vigilância pode ser mais simples do que parece. Uma das formas mais eficazes é revisar as permissões de microfone nos aplicativos instalados no seu smartphone.
Portanto, aqui está um guia prático de como desativar o acesso ao microfone:
Além disso, é aconselhável excluir aplicativos que você não utiliza regularmente. Dispositivos que não são frequentemente utilizados podem continuar acessando o microfone, acumulando dados de maneira silenciosa.
Outra dica útil é manter o telefone e assistentes domésticos desligados quando não estiverem em uso. Assim, limitando assim o tempo de exposição potencial.
A conscientização e a educação sobre os riscos associados à privacidade digital são as melhores formas de se proteger em um mundo cada vez mais conectado.
Imagem de Capa: Canva
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